Os pesquisadores responsáveis pela análise, Maria Andréia Parente Lameiras e Marcelo Lima de Moraes, ressaltaram que, apesar das pressões inflacionárias causadas pelos preços dos alimentos nos primeiros meses do ano, houve um alívio significativo no segmento de serviços de educação em fevereiro. Isso acabou refletindo em uma redução nas expectativas de alta para o grupo de serviços livres, que inclui despesas como transporte, recreação e serviços médicos.
No entanto, os especialistas alertaram sobre possíveis influências externas que poderiam impactar a trajetória da inflação, como o crescimento econômico em outros países e a resolução de conflitos armados que afetam as cadeias de suprimentos. Mesmo com essas ressalvas, o Ipea enxerga um cenário de desinflação na economia brasileira, com a taxa acumulada em 12 meses mostrando uma queda constante nos últimos meses.
Além disso, o relatório também trouxe projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), apontando uma estimativa de 3,8% para o final de 2024. Esses números estão alinhados com as metas do Banco Central, que busca manter a inflação controlada para possibilitar a redução da taxa básica de juros, a Selic, estimulando o crescimento econômico e a geração de empregos.
Por fim, o Ipea reforça a importância de manter a economia estável e dentro das metas estabelecidas, o que contribui para um ambiente favorável ao desenvolvimento do país. A expectativa é que o cenário econômico permaneça positivo e que as projeções se confirmem ao longo do ano.
