Insultos do presidente argentino Javier Milei a Gustavo Petro, ex-guerrilheiro colombiano, geram polêmica entre os líderes sul-americanos.

Nesta quarta-feira, uma polêmica envolvendo o presidente argentino Javier Milei e o chefe do executivo da Colômbia, Gustavo Petro, tomou conta das redes sociais e dos noticiários. Milei fez insultos a Petro, relembrando seu passado guerrilheiro, em um embate político que chamou a atenção de muitos.

Enquanto Petro é conhecido como um ex-guerrilheiro que causa temor nas elites sociais e empresariais, o primeiro presidente de esquerda da História colombiana fez parte do Movimento 19 de abril (M-19), uma guerrilha intelectual e urbana que participou do conflito armado interno da Colômbia por muitos anos.

Petro, que ingressou na militância aos 24 anos enquanto ainda estudava economia na Universidade Externado da Colômbia, teve sua trajetória marcada por ações armadas do M-19, incluindo o famoso episódio da tomada do Palácio da Justiça, que o levou a ser preso e torturado pelos militares por 18 meses. Após a desmobilização do grupo em 1990, ele ingressou na política e iniciou uma carreira parlamentar.

Ao longo de sua trajetória política, Gustavo Petro enfrentou críticas e desafios devido ao seu passado guerrilheiro, que ainda é motivo de controvérsias e questionamentos. No entanto, ele conseguiu se eleger deputado, exerceu cargos políticos importantes e, eventualmente, se tornou prefeito de Bogotá.

Atualmente, Petro defende propostas ambientalistas e uma mudança no modelo econômico da Colômbia, visando uma transição energética e o fim da exploração de petróleo. Suas ideias e ações têm gerado debates e divisões dentro do cenário político colombiano, sendo alvo de críticas e elogios de diferentes setores da sociedade.

O embate recente com o presidente argentino Javier Milei é mais um capítulo na história de Gustavo Petro, um político polêmico que carrega consigo um passado marcado pela militância guerrilheira e que continua a desafiar os padrões e as expectativas tradicionais da política na América Latina.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo