Durante a coletiva, Lula abordou a questão do acordo entre os blocos de países e ressaltou que o posicionamento de Macron contra o tratado é um direito legítimo do presidente francês. O líder brasileiro também pontuou que se houver discordâncias, estas devem ser direcionadas à União Europeia, responsável pelas negociações, e não ao Brasil.
Já Macron reforçou sua posição contrária ao avanço do acordo UE-Mercosul, argumentando que este não contempla as exigências ambientais necessárias na produção agrícola e industrial. O presidente francês enfatizou que o tratado seria um retrocesso na luta contra a crise climática, levando em consideração os esforços da União Europeia em relação ao desmatamento e à descarbonização.
Além disso, Lula e Macron foram questionados sobre a guerra na Ucrânia. Macron destacou a postura francesa de buscar o diálogo e reforçou que a França está disposta a aumentar seu envolvimento no conflito se houver uma escalada de violência por parte da Rússia. O presidente brasileiro mostrou solidariedade com o povo europeu, expressando sua preocupação com o conflito e defendendo a busca por uma negociação pacífica.
Em meio a essas discussões, Lula também criticou a priorização de investimentos em armamentos em detrimento do combate à fome e às desigualdades. O líder brasileiro ressaltou a importância de buscar soluções pacíficas para os conflitos e de priorizar o bem-estar das populações afetadas.
Em resumo, a visita de Macron ao Brasil foi marcada por debates intensos sobre importantes questões globais, evidenciando a necessidade de diálogo e cooperação entre os países para enfrentar desafios comuns.