Venezuelanos no Mundo Enfrentam Obstáculos para se Registrar e Votar nas Eleições Presidenciais em Julho

Venezuelanos ao redor do mundo têm enfrentado obstáculos para se registrar e votar na eleição presidencial que está se aproximando, com a continuidade de Nicolás Maduro em jogo. Desde protestos em Buenos Aires até greves de fome em Madri, cidadãos venezuelanos têm feito de tudo para garantir seu direito de votar, mas esbarram em dificuldades nos consulados.

A situação se repete em consulados da América Latina e da Europa, com relatos de funcionários diplomáticos que alegam não ter recebido as máquinas necessárias para coletar impressões digitais dos eleitores ou simplesmente ignorarem as solicitações dos venezuelanos. A falta de diretrizes claras do Conselho Nacional Eleitoral também tem sido apontada como um dos motivos para os entraves no processo de registro.

Segundo a ONG Transparência Eleitoral, a falta de instruções claras por parte das autoridades venezuelanas tem contribuído para a situação problemática nos consulados. Além disso, as autoridades venezuelanas atribuem os atrasos e as dificuldades no envio das máquinas aos efeitos das sanções internacionais.

A crise na Venezuela, que já levou quase oito milhões de venezuelanos a migrarem do país desde 2014, tem gerado uma série de problemas socioeconômicos, como uma queda acentuada no PIB, hiperinflação e escassez de alimentos e medicamentos. A rejeição ao governo de Maduro é generalizada no exterior, o que se reflete no desejo dos venezuelanos em votar nas eleições presidenciais.

Na Argentina, por exemplo, onde uma grande comunidade venezuelana reside, têm ocorrido protestos diários do lado de fora da embaixada, com manifestantes exigindo o direito de votar. Já em Madri, uma venezuelana de 28 anos chegou a fazer greve de fome para pressionar as autoridades consulares a abrirem o registro.

A expectativa é que cerca de 5,2 milhões de venezuelanos possam se registrar para votar no exterior ou atualizarem seus dados no registro eleitoral, mas os entraves burocráticos e políticos têm dificultado esse processo. Enquanto a comunidade venezuelana luta por seu direito ao voto, as autoridades do país não se pronunciaram sobre as reivindicações dos cidadãos no exterior.

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