Países-membros da OMS fracassam em acordo sobre gestão de pandemias e retomarão diálogo em abril após dois anos de negociações.

Os representantes dos 194 países-membros da Organização Mundial da Saúde (OMS) enfrentaram um impasse crucial nesta quinta-feira (28) durante as negociações sobre a gestão de pandemias futuras. Após dois anos de diálogos, os estados-membros não conseguiram chegar a um acordo e decidiram retomar as conversas em abril, em uma última tentativa de avançar nas discussões.

A tentativa da agência de saúde da ONU de elaborar um acordo internacional para prevenir e responder eficazmente a futuras pandemias visa evitar os danos e perdas devastadoras causadas pela pandemia de Covid-19. Esta crise afetou profundamente as economias, enfraqueceu os sistemas de saúde e resultou na perda de milhões de vidas em todo o mundo.

Embora os países concordem em grande parte sobre as ações que devem ser tomadas quando a próxima pandemia surgir, as divergências persistem quanto à extensão e ao comprometimento efetivo para transformar propostas em compromissos vinculantes.

A nona rodada de conversações, considerada a última, teve início em 18 de março, porém terminou sem avanços concretos nesta quinta-feira. O diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou otimismo em relação a um possível acordo e destacou a importância vital desse tratado para salvar vidas e melhorar a resposta global a futuras pandemias.

As próximas negociações, marcadas para 29 de abril a 10 de maio, abordarão temas cruciais, como o acesso a patógenos emergentes, prevenção e monitoramento de surtos de doenças, financiamento e transferência de tecnologia para países em desenvolvimento. As demandas dos países europeus, africanos e dos Estados Unidos refletem a complexidade e as diferentes necessidades de cada região.

A pressão está aumentando para que um acordo seja alcançado até o final de maio, como alertou Tedros. O mundo aguarda ansiosamente por medidas eficazes e compromissos concretos para enfrentar e prevenir futuras emergências de saúde global. É necessário que os líderes mundiais ajam com urgência para garantir a segurança e o bem-estar das comunidades em todo o mundo.

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