Investigação policial em Chipre revela fraude milionária cometida por monges em mosteiro ortodoxo, abalando a Igreja local.

A polícia cipriota está empenhada em desvendar um escândalo envolvendo dois monges acusados de fraude em um mosteiro localizado no Chipre. O Mosteiro de Osiou Avakoum, situado próximo às montanhas Troodos, foi o cenário de um esquema aparentemente arquitetado pelos religiosos para ludibriar os fiéis e obter dinheiro de forma ilícita.

De acordo com informações da imprensa local, durante uma operação liderada pelo bispo Isaías de Tamasos, responsável direto pelo mosteiro, cerca de 800.000 euros foram encontrados em espécie dentro das instalações. As câmeras de segurança registraram os monges, agora suspensos, colocando mirra dentro de uma cruz de metal para simular que o objeto estava sangrando, o que era utilizado como artifício para sensibilizar os crentes e incentivá-los a fazer doações.

Os monges em questão eram figuras populares na televisão e nas redes sociais, onde alegavam realizar diversos “milagres”, como a cura de doenças graves e até mesmo a restauração da audição de um bebê. As autoridades também possuem imagens que indicam a prática de relações sexuais entre os religiosos.

A polícia cipriota está investigando possíveis crimes financeiros cometidos pelos monges do Mosteiro de Osiou Avvakoum, conforme relatado pelo porta-voz Christos Andreou. Até o momento, não houve acusações formais apresentadas, mas a Igreja Ortodoxa Grega do Chipre, que está conduzindo sua própria investigação, já se pronunciou sobre o caso.

A influência da Igreja Ortodoxa Grega do Chipre vai além do aspecto religioso, permeando também a esfera política e econômica da ilha. Como proprietária de extensas áreas de terra e com participações significativas em empresas locais, principalmente no setor bancário, a igreja desempenha um papel relevante na vida social do Chipre.

Portanto, o desenrolar deste escândalo envolvendo os monges do Mosteiro de Osiou Avvakoum continuará sendo acompanhado de perto pela polícia, pela igreja e pela população cipriota, em meio a um clima de perplexidade e desconfiança em relação às instituições religiosas.

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