Luis Vega, ativista e ex-trabalhador da construção, enfatizou que os imigrantes ocupam empregos que muitos americanos não querem, como limpar quartos de hotel ou trabalhar sob o sol no campo. Os seis trabalhadores de origem mexicana, guatemalteca, salvadorenha e hondurenha que faleceram no acidente estavam realizando reparos na ponte quando esta desabou ao ser atingida por um navio cargueiro.
Tom Perez, diretor do Escritório de Assuntos Intergovernamentais da Casa Branca, destacou que os imigrantes desempenham um papel crucial na manutenção da infraestrutura do país. No entanto, as condições de trabalho dos imigrantes latinos são extremamente desfavoráveis, com longas jornadas, baixos salários e falta de segurança.
Os imigrantes enfrentam riscos significativos no trabalho, como altas temperaturas e exploração por parte de empregadores. Estatísticas oficiais indicam que, embora constituam apenas 8,2% da força de trabalho nos EUA, os imigrantes latinos representam 14% das mortes no local de trabalho.
A comunidade hispânica nos Estados Unidos está abalada com a tragédia, especialmente em meio a um contexto político hostil aos imigrantes, exemplificado pelo discurso anti-imigrante de Donald Trump. No entanto, muitos como Javier Galindo, um empreiteiro baseado no Arizona, reconhecem a importância dos imigrantes para o setor da construção e defendem sua legalização.
Em um cenário onde os imigrantes desempenham um papel essencial na economia e na construção dos Estados Unidos, é fundamental repensar as políticas migratórias e promover condições de trabalho mais seguras e justas para essa população tão vulnerável. A morte desses seis trabalhadores latinos deve servir como um alerta para a valorização e proteção dos imigrantes que tanto contribuem para o país.