A posse do presidente está marcada para esta terça-feira, no Parlamento, localizado na nova capital administrativa egípcia, e seu novo mandato de seis anos deverá ser o último, de acordo com a Constituição do país. Além da crise econômica, o Egito enfrenta uma situação social preocupante, onde 75% da população vive abaixo da linha da pobreza, a inflação está em torno de 35% ao ano e houve uma desvalorização da moeda nacional.
Para tentar amenizar a crise econômica, o Egito recebeu injeções financeiras, inclusive do Fundo Monetário Internacional, mas especialistas alertam que medidas estruturais são necessárias para garantir uma recuperação econômica sólida e duradoura. Além disso, o país enfrenta uma grave crise de direitos humanos, sendo um dos Estados com maior uso da pena de morte e com pouca liberdade de expressão e oposição política.
No contexto internacional, o Egito está no centro de conflitos, como o êxodo de sudaneses para o país devido ao conflito em sua região e as ameaças israelenses que podem provocar um grande fluxo de palestinos para o território egípcio. Toda essa conjuntura coloca desafios enormes para o presidente Abdel Fattah al Sissi em seu novo mandato, reforçando a necessidade de ações eficazes para lidar com as crises econômica e social, além de garantir os direitos humanos e a estabilidade no país.