Os detalhes sobre o ataque foram divulgados pela ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH) e veículos de imprensa sírios e iranianos. De acordo com informações recebidas, missiles israelenses atacaram o edifício anexo à embaixada iraniana, causando danos significativos e resultando em vítimas fatais.
Relatos da agência estatal de notícias síria SANA indicam que o ataque tinha como alvo o edifício do consulado iraniano no bairro de Mazeh, em Damasco. Apesar dos danos, o embaixador iraniano na Síria, Hosein Akbari, e sua família não ficaram feridos.
Uma das vítimas do ataque foi identificada como o general Mohammad Reza Zahedi, comandante das Forças Quds no exterior, na Síria e no Líbano. Zahedi, veterano da guerra contra o Iraque, ocupava uma posição de destaque na instituição militar iraniana.
O ministro das Relações Exteriores da Síria, Faisal Mekdad, condenou o ataque, classificando-o como “terrorista”. Ele enfatizou que tais ações não irão abalar os laços entre Irã e Síria, que são considerados aliados estratégicos na região do Oriente Médio.
O embaixador iraniano em Damasco denunciou o ataque israelense como uma violação do direito internacional, expressando desaprovação em relação às ações adotadas pelo governo israelense. Enquanto isso, fontes israelenses se mantiveram em silêncio em relação ao incidente.
Este ataque aéreo surge em um contexto de crescimento das tensões entre Israel e alvos ligados ao Irã na região do Oriente Médio. Especialistas apontam que o Irã, mesmo apoiando grupos como o Hamas e o Hezbollah em ações contra Israel, tem evitado confrontos diretos com o país devido ao temor de uma escalada do conflito.
Portanto, a comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos desse episódio e às possíveis repercussões na região, diante do cenário de conflito persistente entre diferentes atores políticos e militares.