Ato no Rio de Janeiro marca os 60 anos do golpe militar e reafirma compromisso com memória, verdade e justiça.

Nesta segunda-feira (1º), diversas organizações, partidos políticos, movimentos sociais e entidades da sociedade civil se reuniram no centro do Rio de Janeiro para marcar os 60 anos do golpe militar e reafirmar o compromisso com a memória, verdade e justiça. Sob o lema “Sem anistia para os golpistas de 1964 e do 8 de janeiro!”, os organizadores do ato enfatizaram a importância de responsabilizar os agentes que cometeram crimes contra a humanidade durante o regime autoritário.

Um dos principais pontos levantados durante o evento foi a necessidade da reinstalação imediata da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, além da transformação do prédio do antigo Departamento de Ordem Política e Social (Dops) em um espaço de memória. Essas ações buscam preservar a história e alertar as gerações futuras sobre os horrores do passado, garantindo que as atrocidades cometidas durante a ditadura não sejam esquecidas.

O ato teve início no antigo prédio do Dops, local simbólico da repressão política no período da ditadura, e seguiu com uma caminhada até a Faculdade Nacional de Direito, na Rua Moncorvo Filho. A deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) destacou a importância de resgatar a memória para fortalecer a democracia. Ela ressaltou que é fundamental contar às novas gerações o que foi a ditadura para que possam resistir a qualquer tentativa de retrocesso.

Além disso, o evento também teve como objetivo denunciar a persistência da violência policial e do genocídio negro nas favelas. Os participantes exigiram a abertura de todos os arquivos da ditadura, especialmente os militares, para garantir o acesso à verdade e à justiça para as vítimas e seus familiares. Membro da diretoria colegiada do Grupo Tortura Nunca Mais, Rafael Maul, ressaltou a importância do ato para preservar a memória da violência de Estado e das formas de resistência durante a ditadura.

O evento foi uma homenagem às pessoas que lutaram pela sociedade, reconhecendo a importância da resistência e reafirmando o compromisso com a democracia e a justiça. A luta pela memória das vítimas da ditadura continua viva e é essencial para evitar retrocessos e garantir que a história não seja esquecida.

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