De acordo com os dados apresentados no relatório, a carga tributária aparece em primeiro lugar, representando 37,5% das preocupações, seguida pela demanda interna insuficiente (31,2%), competição desleal (20%) e taxas de juros elevadas (19,5%). Esta última teve seu pico no primeiro trimestre de 2023, alcançando 30,1%, coincidindo com o início dos cortes da taxa de juros pelo Banco Central.
A competição desleal se destacou como a principal preocupação para o setor de Produtos Diversos, com 29% das assinalações, no último trimestre de 2023. Esse problema também esteve entre os três principais em oito setores da indústria de transformação, com o setor de Móveis registrando o maior percentual de assinalações, com 31,8%.
Diante desse cenário, José Antônio Valente, diretor da Trans Obra, empresa de franquias de construção civil, ressaltou a importância de as autoridades e líderes do setor industrial unirem esforços para lidar de forma abrangente com esses desafios. Ele enfatizou a necessidade de implementar medidas para combater a competição desleal e formular políticas que incentivem o investimento e promovam o crescimento sustentável da indústria nacional.
Quanto às taxas de juros elevadas, embora não tenham ocupado o topo da lista de preocupações de nenhum setor, os setores de Veículos Automotores e Máquinas e Equipamentos apresentaram proporções significativas de mencionamentos, com 27,3% e 24,7%, respectivamente. Além disso, o relatório destacou variações nos setores de Metalurgia e Vestuário e Acessórios em relação ao trimestre anterior.
Em suma, a indústria de transformação no Brasil enfrenta desafios complexos que exigem uma abordagem coordenada e estratégica para garantir sua competitividade e sustentabilidade a longo prazo. A análise aprofundada desses problemas e a implementação de soluções eficazes são essenciais para impulsionar o setor e promover o crescimento econômico no país.