Estudos científicos refutam a conexão entre as fases da Lua e o aumento de nascimentos, revela pesquisa recente em revista renomada.

A crença de que a Lua influencia a fertilidade não é uma novidade na sociedade. Na verdade, essa conexão entre a Lua e a fertilidade tem suas raízes em antigas tradições e mitologias. Segundo os estudos, a duração média do ciclo menstrual é de aproximadamente 28 dias, o que se assemelha ao mês lunar sinódico e ao mês sideral.

Pesquisas realizadas nas décadas de 1960 e 1970 sugeriram uma possível relação entre as fases do ciclo lunar e o aumento do número de nascimentos. No entanto, estudos mais recentes não encontraram evidências que comprovem essa relação. Um desses estudos, publicado no American Journal of Obstetrics and Gynecology, analisou mais de 600 mil nascimentos na Carolina do Norte e não identificou diferenças significativas na frequência de nascimentos em diferentes fases da Lua.

Na Espanha, também foram conduzidas pesquisas sobre o tema, com resultados semelhantes aos estudos americanos. Uma análise de quase 24 mil nascimentos em áreas rurais entre os anos de 1810 e 1929 não encontrou nenhuma relação entre as fases lunares e a frequência de nascimentos. Outro estudo, realizado em Valladolid entre 2015 e 2018, também não identificou qualquer influência da Lua no número de nascimentos.

Portanto, não há evidências científicas que sustentem a ideia de que a Lua cheia ou qualquer outra fase da Lua afete o aumento de nascimentos. A pesquisadora Ana Palacios Marqués, chefe da Seção de Obstetrícia do Hospital Geral Universitário Dr. Balmis, em Alicante, na Espanha, ressalta a importância de conduzir estudos rigorosos e baseados em evidências para desmistificar crenças populares e mitos relacionados à fertilidade e à Lua. Em resumo, a ciência não confirma a influência da Lua nos nascimentos, mas a tradição e a crença popular continuam a alimentar essa conexão milenar.

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