Durante a cerimônia, foram homenageados indivíduos que enfrentaram a violência do Estado durante os anos de chumbo. O movimento criado em 1985 reforçou a importância de manter viva a memória dos que deram suas vidas pela democracia e justiça social. Victória Grabois, diretora do Grupo Tortura Nunca Mais/RJ, ressaltou a relevância de denunciar os abusos cometidos há seis décadas, quando a ditadura militar ceifava vidas e perseguia opositores do regime.
Alguns dos homenageados foram Norberto Nehring, militante da Ação Libertadora Nacional (ALN), e Ranúsia Alves Rodrigues, estudante universitária e militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), cujo corpo nunca foi encontrado. A luta dessas pessoas figuras exemplifica a resistência e a busca pela verdade e justiça até os dias de hoje.
Além disso, o evento prestou reconhecimento aos quilombolas de Sapê do Norte, no Espírito Santo, e ao grupo argentino Historias Desobedientes, que trabalham incansavelmente em prol da demarcação de terras e do combate aos crimes cometidos durante a ditadura na Argentina, respectivamente.
A Medalha Chico Mendes de Resistência, em sua 36ª edição, ocorreu em um momento crucial da história do país, relembrando os horrores do regime ditatorial e enaltecendo aqueles que lutam incansavelmente por um Brasil mais justo e democrático. A memória desses heróis e heroínas serve como inspiração para as novas gerações na busca por um futuro livre de opressão e violência.