Segundo a acusação, quando Moro ainda fazia parte do Podemos em 2021 e se lançou como pré-candidato à Presidência da República, teria havido uma vantagem ilícita em relação aos outros candidatos ao Senado devido aos altos investimentos realizados antes de sua filiação ao União e decisão de concorrer ao cargo.
De acordo com os dados apresentados, aproximadamente R$ 2 milhões do Fundo Partidário teriam sido gastos com a filiação de Moro ao Podemos, incluindo produção de vídeos para promoção pessoal e consultorias eleitorais. A procuradoria reiterou que houve um benefício pessoal para Moro em parte desses gastos, tornando necessária a cassação da chapa eleita e a inelegibilidade do senador e seu primeiro-suplente, Luiz Felipe Cunha.
O julgamento continuará com o voto do relator, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, seguido pela manifestação de outros seis magistrados. Caso não seja finalizado no dia de hoje, o TRE reservou mais duas sessões para os dias 3 e 8 de abril.
A decisão final sobre a cassação ou não do mandato de Moro ainda é aguardada e pode ter impactos significativos no cenário político nacional, especialmente considerando o histórico do ex-juiz da Lava Jato e sua influência sobre diversos setores da sociedade. Acompanharemos de perto o desenrolar desse importante julgamento eleitoral.