Repórter Recife – PE – Brasil

Candidata à prefeitura e candidato ao Legislativo são mortos a tiros em município do México; crime condenado por presidente

Na tarde de segunda-feira, um crime chocante abalou a tranquilidade de Celaya, no estado de Guanajuato, no México. Uma candidata à prefeitura, identificada como Gisela Gaytán, do partido Morena, foi brutalmente assassinada a tiros juntamente com um candidato ao Legislativo municipal, Adrián Guerrero. O presidente Andrés Manuel López Obrador lamentou profundamente o ocorrido e condenou veementemente o crime.

De acordo com o Ministério Público do estado de Celaya, o ataque ocorreu enquanto Gisela Gaytán estava reunida com apoiadores na comunidade de San Miguel Octopan. Durante o evento, tiros foram ouvidos, causando pânico na multidão presente. Além da candidata à prefeitura, outras três pessoas ficaram feridas, sendo que Guerrero veio a falecer devido aos ferimentos.

O governador de Guanajuato, Diego Sinhue, do partido conservador PAN, utilizou as redes sociais para garantir que o ataque contra Gaytán não ficará impune. Ele se comprometeu a coordenar esforços para garantir a segurança dos candidatos a cargos públicos, em meio à atmosfera de violência que assola a região.

O presidente López Obrador revelou que a candidata assassinada havia solicitado proteção para a campanha, mas não recebeu o apoio necessário das autoridades estaduais. Ele também recomendou ao governador Sinhue que destituísse o promotor de Guanajuato devido à falta de resultados na segurança da região. Guanajuato é considerado o estado mais violento do México, com um número alarmante de homicídios.

Celaya é uma área com presença de grupos criminosos, como o cartel de Santa Rosa de Lima e o Jalisco Nueva Generación. O governo federal oferece proteção aos candidatos em nível nacional, mas a violência ligada ao crime organizado continua a assombrar políticos em todo o país. No estado de Michoacán, no último sábado, o prefeito do município de Churumuco foi assassinado em um episódio de violência eleitoral.

A atrocidade cometida contra Gisela Gaytán e Adrián Guerrero é mais um triste capítulo da violência política que assola o México. Até o momento, mais de 50 pessoas foram mortas em episódios de violência eleitoral, evidenciando a urgência de ações efetivas para garantir a segurança dos candidatos e acabar com a impunidade que permeia esses crimes hediondos.

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