De acordo com os TAEs, têm o pior plano de carreira do serviço público federal e um dos piores salários, o que dificulta as contratações nas universidades. O coordenador do Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Federais – Seção UFPE (Sintufepe), Danilo Araújo, afirmou em entrevista que o governo, por meio do Ministério da Educação, começou a discutir a reestruturação da carreira dos técnicos após o início da greve, indicando que a paralisação está incomodando o ministro Camilo Santana.
A greve nacional dos servidores da educação terá adesão de mais de 230 unidades de ensino em 18 unidades federativas, conforme divulgado pelo Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe). Professores e funcionários técnico-administrativos dos institutos federais, do Colégio Pedro II, Instituto Nacional de Educação de Surdos, Instituto Benjamin Constant, além de escolas vinculadas ao Ministério da Defesa, participarão do movimento.
Além do reajuste salarial, que varia entre 22,71% e 34,32%, os servidores pedem a reestruturação das carreiras, a revogação de normas prejudiciais à educação federal aprovadas nos governos anteriores, a recomposição do orçamento e o aumento imediato dos auxílios e bolsas dos estudantes. O Ministério da Gestão informou que, em 2023, houve um acordo para um reajuste de 9% para todos os servidores, além de um aumento de 43,6% no auxílio-alimentação, após oito anos sem acordos nesse sentido. As negociações para o reajuste de 2024 começaram no segundo semestre de 2023.
