Alguns membros do governo têm experiência em Bruxelas, como o ministro das Relações Exteriores, Paulo Rangel, e o ministro da Defesa, Nuno Melo, que atuam no Parlamento Europeu desde 2009. Com Portugal recebendo um aporte significativo da União Europeia para estimular o crescimento econômico, o ministro da Fazenda, Joaquim Miranda Sarmento, terá um papel crucial na busca por políticas fiscais que incentivem investimentos.
O primeiro-ministro Montenegro reforçou suas promessas eleitorais de reduzir impostos, aumentar salários, aposentadorias e melhorar os serviços públicos, visando tornar a economia mais competitiva e o governo mais eficiente. Nesse sentido, a redução do imposto corporativo foi destacada como uma das medidas a ser implementada nos próximos anos.
O cenário político português também é marcado pela ascensão do partido populista Chega!, que conquistou um número significativo de assentos no Parlamento, desafiando o tradicional bipartidarismo. A busca por alianças e o embate político entre as diferentes forças revelam a complexidade do contexto político atual.
Diante da incerteza gerada pelo surgimento do Chega!, o governo enfrenta desafios inéditos, como a disputa pela liderança no Parlamento e a necessidade de encontrar soluções para consolidar sua governabilidade. A recusa do primeiro-ministro em formar uma aliança com o partido populista evidencia as divergências políticas que permeiam a atual conjuntura portuguesa.
Em resumo, o novo governo de centro-direita de Portugal enfrenta um cenário desafiador e incerto, marcado por pressões internas e externas, que exigem habilidades políticas e capacidade de diálogo para consolidar sua agenda e promover as mudanças necessárias para o país.