Pesquisadores desenvolvem método inovador para identificar dificuldades motoras em crianças com TEA de forma precoce.

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais desenvolveram um método inovador para identificar dificuldades motoras em crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de forma precoce. Com a utilização do chamado ‘Sistema de Análise do Movimento Tridimensional’, inspirado na técnica vista no filme Avatar, os pesquisadores conseguem capturar o movimento humano em três dimensões e analisá-lo minuciosamente.

O estudo liderado pela mestranda Letícia Paes Silva, do Programa de Pós-graduação em Ciências da Reabilitação da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional (EEFFTO), utiliza câmeras infravermelhas para capturar os marcadores em diferentes posições ao longo do tempo. Esses dados são processados por softwares especializados, que conseguem determinar a posição tridimensional de cada marcador em relação ao espaço. Além disso, um software específico realiza diversas análises, como cinemática, cinética e de postura, amplitude de movimento, velocidade e aceleração.

A incidência de autismo no mundo é de 1,46% da população com até oito anos, de acordo com um estudo do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA. O número de crianças com TEA encaminhadas para atendimentos fisioterapêuticos tem crescido, segundo Letícia Paes Silva, o que mostra a importância do trabalho desenvolvido por ela e sua equipe.

Este estudo tem o potencial de fornecer insights valiosos sobre os desafios motores enfrentados por crianças com autismo. A análise detalhada do movimento pode contribuir significativamente para um diagnóstico mais preciso e um tratamento mais eficaz para essas crianças. A tecnologia utilizada nesse estudo representa um avanço no campo da reabilitação e no entendimento das necessidades específicas das pessoas com TEA.

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