Projeto de lei proposto por senador visa aumentar multa para funcionários públicos condenados por corrupção em até o dobro do valor desviado.

Na última terça-feira (2), a Comissão de Segurança Pública (CSP) aprovou um projeto de lei (PLS 206/2015) que visa punir com mais rigor funcionários públicos condenados por crimes de corrupção. A proposta, apresentada pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e relatada pela senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), tem como objetivo estabelecer que os condenados por corrupção possam ter que pagar uma multa equivalente ao dobro do valor desviado.

Atualmente, as multas aplicadas a esses criminosos são limitadas a R$ 7,1 milhões, conforme determinado pela legislação em vigor. No entanto, a relatora do projeto destacou que esse valor não tem sido suficiente para coibir a prática de corrupção no país.

De acordo com o texto aprovado, a multa também será aplicada em casos de crimes como peculato, concussão e inserção de dados falsos em sistemas informatizados públicos, todos praticados por funcionários públicos contra a administração pública. Além da multa, esses crimes também preveem penas de prisão.

Durante a discussão do projeto, senadores como Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e Sergio Moro (União-PR) citaram casos de corrupção, como os desvios de verba pública na Petrobrás investigados pela operação Lava Jato. Moro enfatizou a necessidade de enfrentar a corrupção no cenário político brasileiro, destacando que a impunidade estimula a prática criminosa.

Outros temas discutidos durante a reunião da CSP incluíram a participação em eventos e audiências públicas, como um encontro técnico em Manaus e debates sobre políticas relacionadas à segurança pública. Também foram adiadas a análise de projetos de lei que visam endurecer as regras para evitar a comunicação de presos e aumentar as penas para crimes cometidos durante saídas temporárias, liberdades condicionais e fugas de prisões.

Com a aprovação desse projeto de lei, espera-se que haja um aumento na punição e desestímulo para funcionários públicos envolvidos em casos de corrupção, fortalecendo a integridade e transparência nas instituições públicas do país. Agora, o texto seguirá para análise da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, que será responsável por decidir sua aprovação final.

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