É importante ressaltar que esse período de análise foi marcado por severos cortes no orçamento das instituições federais de ensino superior. Em 2022, um levantamento do Globo indicou que 17 dessas instituições corriam o risco de interromper suas atividades devido à falta de recursos para pagar contas básicas, como água e luz. No entanto, com um aporte adicional de recursos e a mudança de governo, o orçamento voltou a crescer em 2023.
O Índice Geral de Cursos (IGC) é um indicador de qualidade que considera diversos aspectos, como a nota do Enade, o questionário respondido pelos estudantes, o nível de formação dos professores, entre outros. Dos 111 institutos federais e universidades avaliados, 20 alcançaram a faixa 5, enquanto 74 ficaram na faixa 4. As restantes instituições foram classificadas na faixa 3.
Entre as instituições privadas, as comunitárias foram as que mais melhoraram ao longo desse período. Em 2018, 37% delas estavam nos melhores índices, número que subiu para 49% em 2022. Essas instituições são sem fins lucrativos e têm um forte vínculo com a comunidade.
Já as instituições privadas com fins lucrativos tiveram um desempenho inferior. Mesmo com uma leve melhora, passaram de 18% de presença nas faixas 4 e 5 em 2018 para 21% em 2022.
Em suma, as universidades federais e instituições de ensino superior no Brasil demonstraram grande resiliência em tempos de crise, conquistando reconhecimento e melhorias significativas em seus indicadores de qualidade, mesmo diante de dificuldades orçamentárias.