Animais agem de forma estranha antes de terremoto: será possível prever os abalos sísmicos com seu “sexto sentido”?

Na noite de ontem (2), um terremoto de 7,5 na escala Richter atingiu uma região próxima a Taiwan, causando alvoroço e preocupação entre os habitantes locais e especialistas. Além dos danos materiais e do impacto sobre a população, um fenômeno curioso chamou a atenção de muitas pessoas: o comportamento dos animais.

Segundo relatos na internet, animais como gatos e cachorros agiram de forma estranha momentos antes dos tremores, mudando de local ou se escondendo. Essa sensibilidade sensorial dos animais diante de desastres naturais é conhecida cientificamente e tem sido objeto de estudo por pesquisadores ao redor do mundo.

A pesquisa conduzida pelo Research Centre for Geosciences e o Institute of Earth and Environmental Science da Alemanha avaliou 180 casos de “previsões” feitas por animais em relação a terremotos. Os especialistas identificaram que os animais conseguem detectar as ondas sísmicas primárias, conhecidas como ondas P, que surgem antes das ondas secundárias, chamadas de ondas S, responsáveis por fazer o chão estremecer.

Enquanto os seres humanos só conseguem perceber as ondas S, os animais teriam a capacidade de detectar as ondas P, o que os tornaria cientes do risco iminente de terremotos antes mesmo de eles ocorrerem. No entanto, os pesquisadores ressaltam que ainda há muito a ser explorado nesse campo e que os dados disponíveis até o momento não permitem concluir com certeza se os animais são capazes de prever desastres naturais.

Em relatos da Grécia Antiga, já eram registradas observações sobre a capacidade dos animais de pressentir eventos naturais. Entretanto, a ciência ainda não possui respostas conclusivas sobre todos os fatores envolvidos nesse “sexto sentido” dos bichos. Espera-se que novas pesquisas e estudos possam contribuir para um maior entendimento desse fenômeno que intriga a todos, especialmente em regiões propensas a terremotos como Taiwan.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo