Estudo sobre a Covid Longa é Iniciado pelo Instituto René Rachou em Belo Horizonte em Parceria com a Fiocruz e Secretaria de Saúde

Na última terça-feira (2), o Instituto René Rachou, unidade da renomada Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Belo Horizonte, deu início a um importante estudo sobre a chamada “covid longa”, fenômeno que se caracteriza pela persistência dos sintomas da covid-19 mesmo após a fase aguda da doença.

A pesquisa, realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte e o Ministério da Saúde, recebeu o nome de Monitoramento Fiocruz Vita e tem como objetivo principal caracterizar o perfil imunológico e hematológico dos pacientes que sofrem com a covid longa. Por meio deste estudo, pretende-se analisar as possíveis mudanças no sistema imunológico, no sangue e em diversos órgãos e tecidos dos pacientes afetados.

Os pesquisadores ressaltam que existem casos nos quais as sequelas da covid-19 afetam significativamente a qualidade de vida dos pacientes, persistindo por meses e até mais de um ano. Entre os sintomas mencionados, destacam-se a perda de cabelo, cansaço, fraqueza, perda de memória, dificuldade de concentração, trombose, diabetes, alterações na pressão arterial, entre outras manifestações.

Para participar do estudo, os moradores de Belo Horizonte maiores de 18 anos que sofrem com a covid longa podem voluntariar-se preenchendo um formulário online, que leva aproximadamente cinco minutos. Além disso, crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos também poderão fazer parte da pesquisa, sendo necessário que o cadastro seja realizado pelo responsável legal.

Após o preenchimento do formulário, os participantes aguardarão o contato da equipe da Fiocruz, que informará sobre as próximas etapas. Caso seja confirmado o diagnóstico de covid longa e seja indicado tratamento, os pacientes serão encaminhados para acompanhamento por uma equipe multiprofissional do Sistema Único de Saúde (SUS).

Durante os 18 meses de duração do estudo, os pesquisadores realizarão cinco encontros presenciais com os participantes, visando monitorar o processo e a evolução do quadro clínico. Este estudo representa um avanço no entendimento da covid longa e contribuirá para ampliar e aprofundar o conhecimento sobre os impactos duradouros dessa doença.

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