O bombardeio que resultou na morte de seis voluntários da ONG americana World Central Kitchen (WCK) e de um trabalhador humanitário palestino ocorreu na segunda-feira em Deir al Balah, no centro da Faixa de Gaza. Israel reconheceu a responsabilidade pelo ataque, classificando-o como um “grave erro” causado por uma identificação equivocada em condições complexas.
As declarações de Pedro Sánchez aumentaram a pressão internacional sobre Israel, com diversos líderes mundiais e organizações condenando o incidente. O presidente israelense, Isaac Herzog, pediu desculpas pelo ocorrido, enquanto o primeiro-ministro Netanyahu classificou-o como um “incidente trágico”.
Organizações internacionais como a ONU e diversos países aliados de Israel também se manifestaram, expressando preocupação com a proteção da população civil na região. A ONU afirmou que o ataque reflete a maneira como os conflitos armados são conduzidos atualmente, enquanto o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a falta de proteção oferecida aos trabalhadores humanitários.
A WCK, fundada pelo chef espanhol José Andrés, suspendeu suas operações de entrega de alimentos e um navio com suprimentos retornou sem descarregar a carga, em meio à crise humanitária que assola a Faixa de Gaza. A guerra na região tem deixado milhares de civis à beira da fome e a escassez de remédios e dificuldades na distribuição de ajuda são preocupações urgentes.
Diante da gravidade da situação, o Conselho de Direitos Humanos da ONU discutirá na sexta-feira um projeto de resolução para impor um embargo de armas a Israel, considerando o “risco de genocídio em Gaza”. A comunidade internacional segue atenta aos desdobramentos do conflito, que já causou milhares de mortes e coloca em risco a vida de milhões de habitantes da Faixa de Gaza.