Israel assumiu a responsabilidade pelo bombardeio, mas alegou que foi um “grave erro” decorrente de uma identificação equivocada em condições complexas. As explicações fornecidas pelo primeiro-ministro ultranacionalista Benjamin Netanyahu não foram satisfatórias para Sánchez, que destacou a necessidade de uma análise mais detalhada das causas que levaram ao ataque.
A pressão sobre Israel aumentou significativamente após o incidente, com diversos países e organizações internacionais manifestando preocupação e revolta com a tragédia. O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, enfatizou que Israel falhou em proteger os civis necessitados de ajuda, enquanto a ONU classificou o ataque como um resultado inevitável da condução da guerra.
A ONG Human Rights Watch apontou que o bombardeio apresentava características de precisão, sugerindo que o Exército israelense tinha a intenção de atingir os veículos da organização humanitária. A WCK, fundada pelo chef espanhol José Andrés, suspendeu suas operações de entrega de alimentos em meio ao luto pelas mortes de seus voluntários.
Internamente, a pressão sobre Netanyahu também aumentou, com um ministro defendendo a convocação de eleições antecipadas para setembro. A situação gerou tensões políticas no país e uma incerteza sobre o futuro do governo israelense.
Enquanto as negociações para uma trégua continuam, a comunidade internacional se mantém atenta à situação em Gaza, buscando evitar uma escalada do conflito e garantir a proteção da população civil na região. O Conselho de Direitos Humanos da ONU deve discutir a imposição de embargo de armas a Israel, em meio às preocupações com a segurança e o bem-estar dos habitantes de Gaza.