Produção industrial em São Paulo cresce 4,3% no ano, com perspectiva de aumento de 2,2% em 2024, apesar de queda em fevereiro.

A produção industrial no estado de São Paulo tem apresentado um crescimento acumulado de 4,3% neste ano, de acordo com informações divulgadas pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Mesmo com os registros de duas variações negativas nos meses de janeiro de 2024 (-1,5%) e fevereiro de 2024 (-0,3%), o crescimento de 4,3% nos últimos 12 meses foi impulsionado pela base de comparação, conforme apontou a Fiesp. Esse aumento é reflexo de uma elevação mais significativa na produção da indústria extrativa (+6,1%) em comparação com a indústria de transformação (+4,0%), mantendo a tendência apresentada ao longo de 2023.

Análises realizadas por técnicos da Fiesp indicam que na indústria de transformação é possível observar um movimento de recuperação começando pelos bens de consumo duráveis (+5,2%), seguido por bens intermediários (+4,8%), bens de consumo semi e não duráveis (+5,2%) e bens de capital (+3,6%), com base na comparação entre os meses de janeiro e fevereiro de 2023.

A resposta da produção industrial à queda da taxa de juros em andamento tende a se fortalecer na segunda metade do ano, devido aos efeitos defasados da política monetária, podendo ser impulsionada pela expansão da massa salarial. A expectativa da Fiesp é de um aumento de 2,2% na produção industrial ao longo de 2024.

Os dados divulgados pela federação paulista mostram um leve retrocesso de 0,3% entre janeiro e fevereiro, considerando os ajustes sazonais, porém em comparação com fevereiro de 2023 houve um crescimento expressivo de 5,0%. Ainda assim, o resultado do último mês ficou ligeiramente abaixo da projeção mensal da Fiesp (-0,1%), influenciado pela queda na indústria extrativa (-0,9%) e a estabilidade na indústria de transformação.

Ao longo dos últimos 12 meses, o setor industrial avançou 1,0%, mantendo-se defasado em 1,1% em relação ao período pré-pandemia, registrado em fevereiro de 2020. No mês de fevereiro, os setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (+6,5%), assim como celulose, papel e produtos de papel (+5,8%) foram os que mais contribuíram positivamente, enquanto produtos químicos (-3,5%), indústrias extrativas (-0,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-6,0%) tiveram as maiores influências negativas.

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