Na segunda-feira (1º), o TRE deu início ao julgamento de duas ações em que o PT, o PL e o Ministério Público Eleitoral (MPE) acusam Moro de abuso de poder econômico devido a supostos gastos irregulares durante o período de pré-campanha nas eleições passadas. Os valores referentes a esses gastos variam de acordo com as partes envolvidas, sendo apontados pelo PL como R$ 7 milhões, pelo PT como R$ 21 milhões e pelo Ministério Público como R$ 2 milhões.
O relator do caso, desembargador Luciano Carrasco Falavinha Souza, já proferiu seu voto contrário à cassação de Moro. Falavinha destacou que os valores apresentados como ilegais pelas partes do processo são divergentes e não há como afirmar que foram excessivos. No entanto, a votação será retomada nesta quarta-feira com os votos dos demais desembargadores que compõem o TRE.
Caso o TRE decida pela cassação do mandato de Moro, o senador ainda terá a possibilidade de recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Porém, se a decisão for mantida pelo TSE, novas eleições serão convocadas no Paraná para ocupar a vaga deixada pelo senador, que também ficaria inelegível por oito anos.
Durante o primeiro dia de julgamento, a defesa de Moro argumentou pela manutenção do mandato e negou irregularidades na pré-campanha. O advogado Gustavo Guedes enfatizou que Moro não foi eleito no Paraná devido a uma suposta pré-campanha “mais robusta”, como alegaram as legendas que pedem sua cassação.
A expectativa é grande para o desfecho deste julgamento no TRE do Paraná, que poderá alterar o cenário político local e nacional. O caso vem sendo acompanhado de perto pela população e por autoridades, dadas a relevância e repercussão do histórico de Sergio Moro no país.