O contexto que envolve a demissão do diretor surge após a recaptura dos fugitivos Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento na cidade de Marabá, no Pará. O desfecho dessa busca intensa por parte das autoridades ocorreu exatamente 50 dias após a fuga dos detentos, sendo um desfecho que mobilizou esforços e recursos para reverter a situação.
Em declaração à imprensa, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, frisou a colaboração de criminosos ligados às mesmas facções que auxiliaram na permanência dos fugitivos em liberdade durante todo esse tempo. A operação para recapturá-los envolveu uso de inteligência e monitoramento rigoroso, resultando na prisão de 14 indivíduos ligados ao caso.
É válido mencionar que o afastamento de Humberto Gleydson Fontinele Alencar já havia sido determinado por Lewandowski desde o instante em que a fuga dos detentos veio à tona. Em seu lugar, assumiu como interventor o ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, Carlos Luis Vieira Pires. Tal medida foi necessária diante da gravidade do ocorrido, que marca a primeira fuga registrada no sistema penitenciário federal desde sua implementação em 2006.
As investigações apontam que a fuga dos detentos ocorreu mediante o uso de ferramentas disponibilizadas para uma obra de reforma na própria unidade prisional. Ademais, a corregedoria-geral da Senappen informou não ter identificado indícios de corrupção no episódio. Nesse sentido, três Processos Administrativos Disciplinares (PADs) estão em curso para sanar possíveis infrações cometidas por servidores da unidade.
O desfecho desse episódio revela a importância da vigilância contínua e medidas preventivas eficazes para garantir a segurança e a efetividade do sistema penitenciário federal. A recaptura dos fugitivos em local distante reitera a capacidade das autoridades em agir de forma coordenada e assertiva diante de desafios emergenciais.
