Dólar atinge maior nível em seis meses e bolsa de valores acumula queda de 1,02% na semana em meio a nervosismo global

Nesta sexta-feira (5), o mercado global viveu um dia de nervosismo, resultando no fechamento do dólar em seu maior nível em quase seis meses. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,065, registrando uma alta de R$ 0,024 (+0,29%). A cotação chegou a iniciar o dia em baixa, mas disparou após a divulgação de dados do mercado de emprego nos Estados Unidos, atingindo a marca de mais de R$ 5,07.

Essa movimentação no mercado cambial não foi isolada, sendo que a bolsa de valores também foi afetada. O índice Ibovespa, da B3, fechou em 126.795 pontos, apresentando uma queda de 0,5%. No acumulado do ano, a bolsa já recua 5,51%. A semana foi marcada por variações, com subidas nos dias de terça e quinta-feira, mas recuo nos demais dias, incluindo esta sexta-feira.

A tensão no mercado financeiro global está relacionada aos dados divulgados que mostram um aquecimento na economia dos Estados Unidos. A divulgação de que foram criados 303 mil empregos em março no país, acima das expectativas, aumenta as chances de o Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) começar a reduzir os juros básicos apenas em julho. Esse cenário de taxas elevadas em economias desenvolvidas leva a uma fuga de capitais de economias emergentes, como o Brasil, pressionando o dólar e a bolsa de valores.

Com o dólar atingindo seu maior nível desde outubro do ano passado e acumulando uma valorização de 4,37% em 2024, é evidente a instabilidade no mercado financeiro mundial. Os investidores aguardam atentos por mais desenvolvimentos, uma vez que as incertezas persistem e impactam diretamente o desempenho das moedas e das bolsas de valores ao redor do globo.

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