Um dos pontos destacados na atualização da lista é que 43 empregadores foram incluídos devido a práticas de trabalho análogo à escravidão no âmbito doméstico. Além disso, setores como o trabalho doméstico, cultivo de café, criação de bovinos, produção de carvão e construção civil foram os que apresentaram maior número de empregadores incluídos na lista.
As ações de fiscalização realizadas pelos auditores do Ministério do Trabalho e Emprego foram essenciais para identificar os empregadores que foram incluídos na Lista Suja. A participação de diversas instituições, como a Defensoria Pública da União, Ministério Público Federal, Polícia Federal, entre outras, tem sido fundamental para garantir a segurança dos trabalhadores e a punição dos empregadores que ferem os direitos trabalhistas.
Após a conclusão do processo administrativo que julga as irregularidades relacionadas ao trabalho análogo à escravidão, os empregadores são incluídos no Cadastro de Empregadores, onde permanecem por dois anos. É importante ressaltar que o Brasil tem como prioridade erradicar todas as formas modernas de escravidão e cumprir as metas estabelecidas pela ONU.
Denúncias sobre trabalho análogo à escravidão podem ser feitas anonimamente pelo Sistema Ipê Trabalho Escravo, uma plataforma exclusiva para receber esse tipo de denúncia e combater a exploração da mão-de-obra. Outra opção é o Disque 100, um serviço gratuito coordenado pelo Ministério de Direitos Humanos e Cidadania, que funciona 24 horas por dia, sete dias por semana.
A inclusão de mais 248 empregadores na Lista Suja é um passo importante no combate ao trabalho escravo no Brasil e reforça o compromisso das autoridades em garantir um ambiente de trabalho decente e respeitoso para todos os trabalhadores.