Nesta sexta-feira (5), o Malauí foi o primeiro país a receber o envio dos kits de testes. Nos próximos dias, esses materiais serão enviados a nações gravemente afetadas por surtos de cólera, como Etiópia, Somália, Síria e Zâmbia, conforme informou a OMS em comunicado oficial.
Essa iniciativa é fruto de uma parceria entre a OMS, a Aliança para as Vacinas (Gavi), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Grupo Mundial de Trabalho para o Controle da Cólera (GTFCC). Aurelia Nguyen, diretora de programas da Gavi, destacou a importância desse projeto, considerando o aumento significativo de casos de cólera nos últimos anos.
A cólera é uma doença causada por uma bactéria geralmente transmitida pela água ou alimentos contaminados. Os sintomas incluem diarreia, vômito e representam um risco especialmente grave para crianças pequenas.
Nos últimos anos, houve um aumento expressivo no número de casos de cólera em todo o mundo. Em 2022, foram registrados 473.000 casos, o dobro do ano anterior, e estimativas preliminares indicam que, em 2023, esse número chegou a ultrapassar 700.000.
Apesar do crescimento da disponibilidade de vacinas orais contra cólera entre 2013 e 2023, a rápida propagação da doença nos últimos anos contribuiu para uma escassez desses produtos em nível global, conforme alertou a OMS.
Essa campanha de distribuição de testes de diagnóstico é vital para conter a disseminação da cólera e proteger a saúde de milhares de indivíduos em diferentes partes do mundo. A atuação conjunta da OMS, de parceiros e organizações internacionais é fundamental para enfrentar esse desafio de saúde pública e evitar que a cólera se torne uma ameaça ainda maior para a população global.