A situação culminou na detenção do ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava refugiado na sede diplomática mexicana para escapar da justiça de seu país. Diversos países latino-americanos se manifestaram em repúdio ao ocorrido.
O governo brasileiro, por meio do Itamaraty, condenou veementemente a violação das convenções internacionais que estabelecem a inviolabilidade dos locais das missões diplomáticas. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou solidariedade ao presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador.
A Venezuela classificou a ação como ilegal, destacando a perseguição da qual Jorge Glas foi vítima. O governo venezuelano destacou a gravidade do episódio, comparando-o a práticas de ditaduras passadas na região.
Além disso, Cuba condenou a incursão das forças militares do Equador na embaixada mexicana, violando a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e o direito de asilo. O presidente da Bolívia, Luis Arce, qualificou o incidente como “grave e inaceitável”, afirmando que a ação afeta a irmandade e a convivência pacífica entre os países da região.
A presidente de Honduras, Xiomara Castro, repudiou a invasão da embaixada como um ato intolerável, destacando a violação da soberania do Estado mexicano e do direito internacional. A OEA se manifestou chamando ao diálogo entre as partes e considerando necessária uma reunião do Conselho Permanente da organização para tratar o assunto.
Em meio a essa crise diplomática, a solidariedade e a condenação expressas pelos países latino-americanos refletem a preocupação com a preservação das normas e do respeito mútuo entre as nações da região.