Com menos de 1% da produção nacional de azeite consumida no país vindo da própria lavoura, há espaço para os produtores locais ganharem maior participação no mercado interno, especialmente pela qualidade do produto. Essa qualidade tem impulsionado o crescimento do consumo, mesmo com o aumento nos preços.
Um exemplo desse crescimento é a produção de azeite no Rio Grande do Sul, que saltou de 58 mil litros em 2018 para 448,5 mil litros em 2022. Regiões como a Serra da Mantiqueira, que abrange Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro, estão se especializando na produção de azeite extra virgem de alta qualidade.
O Brasil importa em média 74 mil toneladas de azeite e óleo de bagaço de azeitona por ano, sendo 80% dessas importações provenientes de Portugal e Espanha. Com a diminuição da produção nesses países devido às mudanças climáticas, o preço do azeite tem aumentado consideravelmente.
Como resposta a esse cenário, a produção nacional começa a ser reconhecida. Recentemente, um azeite gaúcho foi eleito como o melhor do Hemisfério Sul em um prêmio internacional na Espanha. Além disso, a agilidade na entrega dos produtos nacionais é destacada como um diferencial em relação aos importados.
Luiz Eduardo Batalha, um dos maiores produtores de azeite do Brasil, ressalta a rapidez com que o produto nacional pode chegar ao mercado interno, o que é um ponto a favor dos produtores locais. Ele destaca que a frescura do azeite extra virgem é um atributo importante, e as marcas estrangeiras não conseguem competir nesse aspecto.
Com o potencial de crescimento da produção nacional de azeite, aliado à qualidade reconhecida e à agilidade na oferta, os produtores brasileiros estão otimistas em conquistar mais espaço no mercado interno e internacional. O consumo de azeite de oliva, com seus diversos benefícios à saúde, tende a crescer no país, impulsionando a indústria nacional do produto.
