O presidente do México, Andrés Manuel Lópes Obrador, anunciou a suspensão das relações diplomáticas em resposta à ação considerada autoritária e uma violação flagrante do direito internacional e da soberania mexicana. A invasão da embaixada mexicana em Quito ocorreu na noite de sexta-feira, quando a polícia equatoriana arrombou as portas externas e invadiu o local para capturar Glas.
Roberto Canseco, chefe da seção consular mexicana em Quito, expressou preocupação com a segurança de Glas, alegando que não havia base para tal ação. Enquanto isso, a presidência equatoriana justificou a invasão, afirmando que o Equador é uma nação soberana e não permitirá que criminosos fiquem impunes.
A secretária de relações exteriores do México, Alicia Bárcena, afirmou que a invasão violou a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas e anunciou que o México levará o caso ao Tribunal Internacional de Justiça. Ela também declarou que os diplomatas mexicanos aguardam as garantias necessárias para retornar ao país de origem.
A tensão entre os dois países aumentou ainda mais quando o presidente do México fez declarações consideradas “infelizes” pelo Equador sobre as últimas eleições, o que levou o governo equatoriano a declarar o embaixador mexicano persona non grata.
Por fim, a embaixada mexicana em Quito permaneceu sob forte guarda policial, enquanto ambos os países buscavam resolver o impasse diplomático resultante da prisão de Glas. A situação segue em evolução, com repercussões internacionais significativas.