Por meio de um comunicado oficial, o governo nicaraguense, liderado pelo presidente Daniel Ortega, expressou sua indignação com a ação equatoriana, classificando-a como “inusitada” e “condenável”. O rompimento das relações foi descrito como uma decisão soberana e irreversível.
Além disso, a medida também pode ser interpretada como um recado ao Panamá, uma vez que o ex-presidente panamenho Ricardo Martinelli está atualmente refugiado na embaixada da Nicarágua na Cidade do Panamá. Martinelli busca evitar uma pena de quase 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro, e a recente decisão do governo de Ortega pode ter repercussões nesse caso.
É importante ressaltar que a Nicarágua manifestou seu apoio e solidariedade ao México diante do episódio ocorrido em Quito. O governo de Ortega fez questão de lembrar que já tomou medidas semelhantes no passado, como a retirada de seu embaixador em Quito em 2020, após o Equador revogar o asilo concedido ao fundador do Wikileaks, Julian Assange.
A invasão da embaixada mexicana gerou uma onda de repúdio por parte de outros países vizinhos, que consideraram o episódio uma violação flagrante do direito internacional e da soberania do México. Especialistas e líderes internacionais também se manifestaram criticando a ação equatoriana, rotulando-a como um escândalo de proporções mundiais.
Assim, o rompimento das relações diplomáticas entre Nicarágua e Equador marca um novo capítulo nas relações internacionais da América Latina, trazendo à tona questões de direito internacional, soberania e solidariedade entre os países da região.