Os moradores de Christiania tomaram a decisão de fechar a Pusher Street, uma rua conhecida por suas barracas de haxixe, após um assassinato ter ocorrido no local, marcando o quarto caso em três anos. Esses incidentes violentos mancharam a imagem de uma comunidade pacífica que Christiania costumava ser.
Hulda Mader, representante dos moradores, expressou seu lamento pela deterioração de Pusher Street, que se tornou um local hostil, onde traficantes brigam e a violência se instaurou. A necessidade de acabar com a presença desses pontos de venda veio à tona mais uma vez, sendo o primeiro objetivo da polícia de Copenhague remover todas as lojas de cannabis e garantir a tranquilidade da região.
A mudança contou com o apoio da maioria dos moradores, que se uniram pela primeira vez contra o crime e a insegurança que assolavam o bairro de Christiania. A prefeita de Copenhague, Sophie Haestorp Andersen, destacou a importância desse compromisso com a comunidade.
Christiania, fundada em 1971 por hippies como uma “cidade livre”, hoje enfrenta os desafios do tráfico de drogas e da influência de facções criminosas que controlam o mercado local. A esperança é que, com a intervenção da polícia e o envolvimento dos moradores, a área possa voltar a ser um local agradável, ligado à arte, cultura e teatro.
Além disso, a comunidade está planejando a construção de alojamentos para cerca de 300 pessoas e espera recuperar sua imagem idílica e sua vitalidade artística. Com o fim do tráfico de drogas, a expectativa é que mais famílias com crianças se sintam atraídas pelo bairro, que atualmente tem 25% de sua população com mais de 60 anos.
A ação da polícia em Christiania sinaliza um novo capítulo na história do bairro, marcado pela busca pela paz, segurança e renovação de suas estruturas, vislumbrando um futuro mais promissor para sua comunidade.
