Os acidentes com queimaduras por álcool são muito comuns no Brasil, levando a milhares de internações anualmente. Diante desse cenário alarmante, o Poder Público tomou a decisão de proibir a venda de álcool líquido com percentual igual ou superior a 54 GL em estabelecimentos comerciais em 2002. No entanto, essa medida foi temporariamente revogada em 2020, durante a pandemia de covid-19, em virtude da necessidade de utilizar álcool para higienização.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária estabeleceu o prazo limite de 29 de abril para a comercialização de álcool líquido, que passará a ser disponibilizado somente em outras formas físicas, como gel, lenço impregnado e aerossol. Essa mudança busca reduzir os acidentes graves causados pelo uso inadequado do álcool em churrasqueiras e fogueiras, que são responsáveis por uma alta incidência de queimaduras em todo o país.
No entanto, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) critica a retirada do álcool líquido das prateleiras e solicita uma revisão da medida, argumentando que o produto é fundamental para a higienização e prevenção de doenças. Por outro lado, Pedro Ernesto Martinez, após passar por um longo período de tratamento doloroso e caro, expressa sua total concordância com a proibição da venda do álcool líquido, pois reconhece o quanto esse produto pode ser perigoso e causar danos irreparáveis.
Atualmente, Pedro trabalha como bartender em um restaurante em Porto Alegre e é um exemplo de superação. Ele afirma que a experiência traumática lhe proporcionou aprendizados valiosos sobre a vida e a felicidade, além de fortalecer os laços com sua família, inclusive com o tio que causou o acidente. Para Pedro, o acidente foi um ponto de partida para uma nova visão de mundo e para uma maior resiliência diante dos desafios que a vida oferece.