Allan dos Santos, blogueiro cujas contas foram bloqueadas no âmbito das investigações sobre milícias digitais, é apontado como propagador de ideias que afrontam o Estado Democrático de Direito. A Polícia Federal detectou movimentações financeiras suspeitas em seus perfis, indicando um possível esquema de financiamento com verbas públicas para disseminar ideias antidemocráticas. Dos Santos, considerado foragido da Justiça, vive nos Estados Unidos e tem burlado as restrições criando novas contas em diferentes redes.
Outro ex-deputado, Roberto Jefferson, teve suas contas derrubadas por decisões de Moraes, que apontou as práticas criminosas de divulgação de informações falsas e ataques às instituições do Estado de Direito. Jefferson, que está preso desde outubro de 2022, responde a um processo por tentativa de homicídio de agentes da PF. Sua defesa alega que as restrições às suas atividades afetam mais de 50 colaboradores.
O empresário Luciano Hang teve suas contas bloqueadas em meio às eleições presidenciais, após ser vinculado a discussões golpistas em um grupo de WhatsApp. Além do bloqueio, Moraes determinou a quebra do sigilo bancário do empresário.
O jornalista bolsonarista Oswaldo Eustáquio virou alvo de investigações por suspeita de incentivar atos antidemocráticos. Após duas prisões, ele fugiu para o Paraguai, onde possui cidadania, alegando ser vítima de perseguição ilegal.
Esses casos revelam a complexidade das relações entre liberdade de expressão, disseminação de fake news e ataques às instituições democráticas no Brasil. A postura de Elon Musk em relação às contas suspensas promete gerar debates acalorados sobre os limites da liberdade na internet e a responsabilidade de plataformas como a X em coibir discursos de ódio e desinformação.