No último domingo (8), uma tragédia abalou a costa norte de Moçambique, com a virada de uma embarcação que transportava pelo menos 130 pessoas. O resultado desse triste incidente foi a perda de pelo menos 94 vidas, incluindo crianças, e 26 indivíduos desaparecidos, de acordo com informações divulgadas por Lourenço Machado, administrador do Instituto de Transporte Marítimo do país (Intrasmar).
A embarcação envolvida no acidente era utilizada para pesca e não possuía autorização para transportar passageiros, o que levanta questões sobre a segurança do transporte marítimo na região. Os passageiros estavam sendo levados de Lunga, na província de Nampula, para a Ilha de Moçambique e, segundo relatos iniciais, a embarcação foi atingida por uma onda gigante, causando o naufrágio.
Além disso, foi informado que os passageiros estavam fugindo de um surto de cólera na região, o que evidencia as dificuldades enfrentadas pela população de Moçambique e outros países do sul da África no combate a doenças contagiosas. Jaime Neto, secretário de Estado da província de Nampula, confirmou que muitas crianças estavam entre as vítimas fatais, ressaltando a gravidade da situação.
Imagens divulgadas em redes sociais mostraram corpos na praia e indivíduos carregando os corpos de crianças, evidenciando a magnitude da tragédia. A Reuters não pôde verificar imediatamente esses vídeos, mas a comoção gerada por esse acontecimento trágico coloca em destaque a necessidade de medidas efetivas para garantir a segurança no transporte marítimo e o bem-estar da população.
As autoridades locais estão trabalhando para identificar e auxiliar os sobreviventes dessa tragédia, enquanto o país lamenta a perda de tantas vidas em um acidente evitável. A investigação sobre as causas do naufrágio já está em andamento, buscando esclarecer o que levou a essa fatalidade e evitar que situações semelhantes se repitam no futuro.
