Governo corre contra o tempo para definir meta fiscal “factível” para 2025, diz ministro da Fazenda

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (8) que o governo enfrenta a necessidade de definir uma meta fiscal “factível” para 2025, em meio a questões pendentes com o Congresso Nacional. Haddad destacou que a equipe econômica terá até o próximo dia 15 para enviar o Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2025, com a meta de resultado primário para o próximo ano.

Segundo Haddad, o tempo para realizar os cálculos necessários e fixar uma meta fiscal está se esgotando, levando em consideração os acontecimentos desde o anúncio da meta no ano anterior. Ele ressaltou que, mesmo com a previsão de um superávit primário de 0,5% do PIB para 2025, o governo enfrentará desafios com a arrecadação devido ao fim de receitas extraordinárias que estão contribuindo para o cenário de 2024.

Além disso, a interlocução com o Congresso se mostra fundamental, uma vez que questões como a manutenção da desoneração da folha de pagamento para setores específicos da economia, a redução da contribuição à Previdência Social por pequenas prefeituras e a ajuda a empresas do setor de eventos são temas em debate.

O ministro ressaltou a importância de buscar a sustentabilidade das contas públicas e de manter uma trajetória financeira equilibrada, destacando que apenas ter um resultado primário positivo por um ano não é suficiente se não for sustentável a longo prazo.

Em relação à Petrobras, Haddad mencionou que a discussão sobre a distribuição de dividendos extraordinários de R$ 43,9 bilhões está avançando e que a decisão final cabe à empresa. Ele destacou a importância de garantir que a empresa tenha recursos suficientes para manter seu plano de investimentos, ressaltando os desafios que a estatal enfrenta nesse sentido.

Quanto a possíveis mudanças na gestão da Petrobras, Haddad pontuou que o assunto não está sob sua alçada e que sua interlocução com o presidente se concentra nos aspectos econômicos da companhia. Sobre o cancelamento de uma reunião no Palácio da Alvorada, Haddad não comentou se haverá uma decisão sobre o tema.

Em resumo, o governo enfrenta o desafio de definir uma meta fiscal para 2025, considerando os obstáculos de arrecadação e as negociações com o Congresso, ao passo que acompanha de perto a situação da Petrobras e sua distribuição de dividendos extraordinários.

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