União Europeia impõe restrições a importações agrícolas ucranianas para proteger seus próprios agricultores.

Os países membros da União Europeia (UE) e o Parlamento Europeu chegaram a um acordo nesta segunda-feira (8) para impor novas restrições a algumas importações agrícolas ucranianas. A medida foi anunciada pela Bélgica, que atualmente ocupa a presidência rotativa do bloco de 27 países.

Essas novas restrições incluem a extensão da suspensão de direitos alfandegários sobre produtos agrícolas da Ucrânia, que foi implementada após a invasão russa em 2022. No entanto, as importações de aves de criação, ovos, açúcar, milho, aveia e mel serão limitadas aos volumes médios importados entre meados de 2021 e o final de 2023. Acima desses volumes, tarifas alfandegárias serão novamente impostas.

É importante ressaltar que não haverá limite para as importações de trigo, uma decisão que foi defendida inicialmente por países como França e Polônia. A formalização desse acordo preliminar ainda passará por uma reunião de embaixadores da UE nesta segunda-feira e por uma reunião de uma comissão do Parlamento Europeu na terça-feira.

A UE busca manter uma política de solidariedade com a Ucrânia, mas enfrenta protestos de agricultores europeus que reclamam de baixos lucros, atribuídos em parte à concorrência dos produtos ucranianos. Essas novas restrições representam um esforço do bloco para equilibrar suas relações comerciais com o país do Leste Europeu, garantindo ao mesmo tempo a proteção de sua indústria agrícola.

Apesar dos desafios e das tensões presentes nas negociações comerciais, a UE reafirma seu compromisso em manter um diálogo aberto e construtivo com a Ucrânia, visando a construção de relações comerciais equilibradas e mutuamente benéficas. Este acordo representa mais um passo nesse sentido, demonstrando a constante busca por soluções que beneficiem todas as partes envolvidas.

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