De acordo com dados da Unidade de Vítimas divulgados em março, cerca de 6.000 vítimas LGBTQIA+ foram registradas no conflito colombiano, e apenas em 2023, oito defensores desses direitos foram assassinados. Sánchez destacou a importância de investigar e punir os autores desses ataques, além de exigir maior participação e segurança para as mulheres e pessoas LGBTQIA+ na implementação do acordo de paz.
A diretora também solicitou a inclusão da perspectiva de gênero no trabalho da Unidade Nacional de Proteção e pediu à Missão de Verificação da ONU que informe regularmente ao Conselho de Segurança sobre a situação dos defensores dos direitos humanos LGBTQIA+, pressionando o governo colombiano a incluir a violência sexual em futuros acordos de cessar-fogo.
Carlos Ruiz Massieu, chefe da Comissão de Verificação da ONU, expressou a expectativa de alcançar 60% da aplicação do capítulo étnico até 2026, visando acabar com a exclusão prolongada das comunidades indígenas, afrocolombianas, mulheres e pessoas LGBTQIA+ devido ao conflito armado no país. Sánchez ressaltou a importância de considerar a Colômbia como um “laboratório” para a agenda de mulheres, paz e segurança, afirmando que os resultados obtidos podem estabelecer um precedente crucial para a proteção dos direitos LGBTQ em outras regiões do mundo.
Diante desse cenário, é fundamental que a comunidade internacional se mobilize e apoie as demandas da comunidade LGBTQIA+ colombiana, garantindo a implementação efetiva das medidas propostas para assegurar a inclusão e proteção desses grupos vulneráveis no processo de paz.