Conflito armado em Seropédica resulta na morte de estudante da UFRRJ e alerta para onda de violência na região

A Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), localizada em Seropédica, foi palco de um cenário de violência que resultou na suspensão de todas as atividades acadêmicas nesta terça-feira (9). O motivo foi um conflito armado entre organizações criminosas que ocorreu no dia anterior, resultando na morte de Bernardo Paraíso, um estudante de 24 anos que estava no último ano do curso de ciências biológicas.

A comoção foi tão grande que a instituição decretou luto oficial de três dias em memória de Bernardo, expressando solidariedade aos familiares e amigos do jovem. A Administração Central da UFRRJ garantiu que continuará monitorando a situação e se comprometeu em colaborar com a comunidade universitária e a sociedade civil para exigir medidas urgentes das autoridades e reverter a situação de extrema vulnerabilidade em que o município se encontra.

Além da morte de Bernardo, outras três pessoas da mesma família também foram vítimas do tiroteio, incluindo um bebê de um ano, uma menina de três anos e a mãe das crianças. Os feridos foram encaminhados ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, com diversos ferimentos causados pelos disparos. O bebê recebeu alta logo no dia do ocorrido, mas a criança mais velha teve que passar por cirurgia devido à gravidade dos ferimentos.

A violência em Seropédica não é um caso isolado, como informou o Instituto Fogo Cruzado, que registrou um histórico alarmante de tiroteios na região nos últimos anos. A morte de líderes de milícias e a fragmentação desses grupos paramilitares têm contribuído para o aumento da violência no município, gerando insegurança e medo entre os moradores.

Diante desse cenário preocupante, os moradores de Seropédica planejam realizar uma manifestação pela paz no próximo sábado, seguida de um encontro com deputados estaduais na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro para discutir soluções para o problema da criminalidade na cidade. Entre as reivindicações está o aumento do efetivo policial e a extensão do trabalho das autoridades para garantir a segurança não apenas da comunidade local, mas também do campus da UFRRJ.

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