Com a decisão de Jacob Júnior, o placar do julgamento ficou em 3 a 2 contra a cassação de Moro. Esta foi a quarta sessão de julgamento, com os desembargadores Luciano Carrasco Falavinha Souza, Claudia Cristina Cristofani e Guilherme Frederico Hernandes Denz votando contra a cassação, enquanto o desembargador José Rodrigo Sade foi o primeiro a proferir voto a favor da cassação em sessões anteriores.
Na fundamentação de seu voto pela cassação, Jacob Júnior destacou que a pré-campanha de Moro envolveu gastos com voos de jatinho, segurança pessoal, impulsionamento em redes sociais e produção de vídeos promocionais, o que, segundo o desembargador, violou a igualdade entre os pré-candidatos.
Segundo Jacob Júnior, Moro buscou recuperar prestígio perdido ao se candidatar ao Senado por outra unidade da federação, utilizando recursos públicos de forma inadequada e excessiva para tal fim.
O julgamento continua para a obtenção de mais dois votos.
No final de 2021, Moro estava filiado ao Podemos e realizou eventos de pré-candidatura à Presidência da República. A acusação aponta supostas irregularidades em gastos realizados antes de Moro deixar o partido e se candidatar ao Senado pelo União, incluindo investimentos financeiros que teriam gerado “desvantagem ilícita” aos demais concorrentes.
A defesa de Moro negou as acusações de irregularidades na pré-campanha e defendeu a legitimidade de suas ações. O advogado Gustavo Guedes argumentou que não houve nenhum ato ilícito e que Moro não foi eleito no Paraná devido à sua campanha mais robusta, como alegado pelas outras legendas.