Saab declarou em uma coletiva de imprensa: “Conseguimos revelar a participação direta e consequente prisão de Tareck El Aissami, detido para ser apresentado e indiciado pelo Ministério Público nas próximas horas”. O ex-ministro do Petróleo, de 49 anos, foi homem de confiança dos presidentes Nicolás Maduro e Hugo Chávez, ocupando cargos de grande relevância no governo venezuelano.
Renunciando em março de 2023 após anúncio de investigações judiciais ligadas à venda ilegal de petróleo por meio de criptoativos, El Aissami estava em total clandestinidade desde então. Sua prisão, junto com a detenção de outros envolvidos no esquema de corrupção, marca um avanço significativo na luta contra a corrupção no país.
Saab também revelou que houve a prisão de Simón Alejandro Zerpa, ex-ministro da Economia, e de Samar José López, um empresário acusado de lavagem de dinheiro e capitais. Além disso, funcionários da PDVSA e militares de alta patente também foram presos, em mais um golpe duro contra a corrupção no setor petrolífero venezuelano.
Essa operação investigativa revelou uma rede de altos funcionários ligados à PDVSA que usaram seus cargos para realizar operações petrolíferas ilegais em conivência com El Aissami. A venda de petróleo por meio de criptoativos era uma estratégia do governo venezuelano para contornar as sanções financeiras impostas por Washington, revelando a extensão da corrupção no setor.
O passado de El Aissami, sua ascensão na política venezuelana e suas conexões internacionais são elementos cruciais para entender a dimensão desse escândalo de corrupção. A prisão do ex-ministro do Petróleo representa um duro golpe contra a corrupção na PDVSA e abre caminho para investigações mais amplas no setor petrolífero venezuelano.