Os incêndios em áreas florestais estão aumentando devido às secas na Amazônia, que se tornam cada vez mais frequentes e intensas. Essa situação é agravada pela estiagem no biênio 2023-2024, que torna a floresta mais suscetível ao fogo, aumentando a fragmentação da vegetação. O Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), registrou um aumento do número de focos de calor no primeiro trimestre de 2024, atingindo o maior valor dos últimos oito anos.
Segundo o especialista Guilherme Augusto Verola Mataveli, a queima de florestas maduras é preocupante não apenas pela perda da vegetação, mas também pela emissão de carbono armazenado. Este cenário está afetando não apenas o meio ambiente, mas também a saúde das populações locais, como em Manaus, que experimentou uma qualidade do ar extremamente ruim devido às queimadas.
Outros estados, como o Pará e Roraima, também estão sofrendo com os incêndios. Roraima, que concentra mais da metade dos registros na Amazônia, viu 14 municípios decretarem emergência em março devido aos incêndios, afetando severamente comunidades indígenas e causando impactos sociais e econômicos.
É essencial que sejam adotadas medidas urgentes para combater os incêndios na Amazônia e garantir a preservação desse importante bioma. A resiliência da floresta está comprometida, afetando sua capacidade de reciclar umidade e seu potencial de armazenamento de carbono. Ações de prevenção, controle e monitoramento são fundamentais para proteger a floresta e manter a Amazônia como um patrimônio nacional para um desenvolvimento sustentável.