Passagem de Erez segue fechada e sem entrada de ajuda humanitária em Gaza, afirma agência da ONU

A passagem fronteiriça de Erez, que liga Israel ao norte da Faixa de Gaza, continua fechada e sem permitir a entrada de ajuda humanitária ao enclave palestino. A diretora de comunicação da agência da ONU para os refugiados palestinos (UNRWA), Juliette Touma, afirmou que o anúncio anterior de que as autoridades israelenses abririam essas instalações ainda não foi cumprido, sendo apenas uma “promessa”.

As autoridades israelenses confirmaram implicitamente a informação, declarando que os insumos destinados a aliviar a grave situação enfrentada pela população de Gaza ainda não começaram a ser desembarcados no porto de Ashdod, a 35 km do território. Essas duas iniciativas foram os principais compromissos assumidos pelo Gabinete de guerra israelense após uma conversa entre o premier Benjamin Netanyahu e o presidente dos EUA, Joe Biden.

O porta-voz da Coordenação de Atividades Governamentais nos Territórios, Shumon Freedman, afirmou que a reabertura de Erez e Ashdod será anunciada quando uma data for determinada. O órgão é responsável por autorizar a entrada de ajuda humanitária em Gaza, mas não estabeleceu uma data para a reabertura de Erez.

Israel permite a entrada de caminhões com ajuda humanitária em Gaza por outros dois postos de fronteira, Rafah e Kerem Shalom, porém o transporte é feito de forma limitada. A quantidade de caminhões ainda está distante do necessário para fornecer meios básicos de subsistência à população civil, conforme a ONU.

A situação em Gaza é grave, com mais da metade dos 2,2 milhões de habitantes enfrentando escassez de alimentos. A diminuição do acesso a produtos básicos aumenta a preocupação de uma fome iminente no enclave. Israel intensificou a capacidade de inspeção e aumento da entrada de ajuda, porém críticos apontam que a ajuda humanitária está longe de suprir todas as necessidades da população gazaui. A fragilidade das condições em Gaza requer uma ação imediata e eficaz para evitar uma catástrofe humanitária no território palestino.

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