Presidente mexicano condena ataque “autoritário” à embaixada em Quito e divulga imagens dramáticas da invasão.

O presidente mexicano, Andrés Manuel López Obrador, expressou indignação diante do que classificou como um ataque autoritário e desprezível à embaixada de seu país em Quito. O incidente envolveu o ex-vice-presidente do Equador, Jorge Glas, que buscou abrigo na missão mexicana em dezembro, alegando perseguição política.

As imagens divulgadas pelas autoridades mexicanas revelaram a invasão da embaixada por policiais equatorianos, que entraram no prédio supostamente protegido. O vice-chefe da missão, Roberto Canseco, foi visto sendo confrontado pelos agentes armados na biblioteca, enquanto Jorge Glas era arrastado para fora do prédio por quatro policiais.

A reação do presidente mexicano foi rápida, exigindo respeito pelo ocorrido e denunciando a invasão violenta da embaixada. A situação gerou uma grande repercussão política na América Latina e também recebeu condenações de governos europeus e norte-americanos. O secretário-geral da ONU, António Guterres, manifestou alarme diante do episódio.

O Departamento de Estado dos EUA também se manifestou, condenando qualquer violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas e ressaltando a importância do respeito à inviolabilidade das missões diplomáticas.

O Ministério das Relações Exteriores do México prometeu levar as violações do direito internacional às cortes internacionais com o apoio de países amigos. Enquanto isso, o ex-vice-presidente Jorge Glas foi transferido da prisão para o hospital, e o presidente equatoriano, Daniel Noboa, defendeu sua decisão como uma medida excepcional para proteger a segurança nacional.

É evidente que o incidente na embaixada mexicana em Quito gerou controvérsia e repúdio internacional, levando a questionamentos sobre o respeito à imunidade diplomática e a soberania dos países envolvidos. O desdobramento desse episódio certamente exigirá um posicionamento claro e firme das Nações Unidas e demais instâncias internacionais para garantir a preservação do direito internacional.

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