A distribuição das fotos dos candidatos nas 13 lacunas da cédula segue uma ordem baseada nos resultados das eleições parlamentares de 2020. Essa escolha foi justificada pelo vice-presidente do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Carlos Quinteiro. Os partidos que apoiam Maduro ocupam a maior parte do espaço na cédula, com destaque para o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) na fileira superior.
Por outro lado, Rosales, visto como um candidato mais viável para o governo por alguns analistas, está posicionado na terceira fileira. A oposição também teve sua representação na cédula, com Edmundo González Urrutia ocupando um lugar na segunda linha.
Porém, a oposição denunciou dificuldades para registrar candidatos, como no caso de Maria Corina Machado, principal adversária de Maduro. A escolha de Urrutia foi estratégica para manter a sigla da Mesa de Unidade Democrática (MUD) presente na cédula, enquanto a oposição corre para definir um candidato único até o prazo estipulado pelo CNE.
As eleições venezuelanas de 28 de julho coincidirão com o aniversário do ex-presidente Hugo Chávez. Países vizinhos, como o Brasil, demonstram preocupação com o possível resultado que dará mais seis anos de mandato ao chavismo, que está no poder há quase um quarto de século. O sistema de votação na Venezuela é totalmente automatizado e auditável, de acordo com o Conselho. Organizações e países já estão se preparando para acompanhar o processo eleitoral meticulosamente.
