Consumidores da América Latina e do Caribe pagam mais caro devido à falta de concorrência, aponta Banco Mundial.

Consumidores da América Latina e do Caribe pagam preços mais altos em comparação com o resto do mundo devido à falta de concorrência. Essa é a análise do economista-chefe do Banco Mundial para a região, William Maloney, em entrevista à AFP. Segundo Maloney, a região enfrenta uma situação crítica, com o crescimento econômico estagnado, apesar dos avanços na estabilização da economia.

O relatório publicado pelo Banco Mundial, intitulado “Concorrência: o ingrediente que falta para crescer?”, destaca que a América Latina terá taxas de crescimento menores em comparação com outras regiões do mundo. Para este ano, a previsão é de um crescimento de 1,6%, chegando a 2,7% e 2,6% em 2025 e 2026, respectivamente. Essas taxas são consideradas insuficientes para impulsionar a prosperidade na região.

A falta de concorrência é apontada como um dos principais motivos para os preços mais elevados pagos pelos consumidores da América Latina e do Caribe. Em um cenário de grande concentração empresarial, poucas empresas dominam e influenciam os mercados, o que acaba prejudicando os consumidores, que acabam arcando com os custos.

O economista-chefe do Banco Mundial destaca que a maioria dos trabalhadores na região são autônomos ou trabalham em pequenas empresas, muitas vezes em atividades de baixa produtividade. Isso reflete a falta de geração de empregos mais modernos na região, que impacta no crescimento econômico.

Apesar dos desafios enfrentados, a América Latina se destaca pelo bom manejo da inflação, com índices mais baixos em comparação com países da OCDE. No entanto, é necessário priorizar medidas para aumentar a concorrência e estimular o crescimento econômico na região.

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