O Canal Seco, que funcionará em conjunto com o Canal do Panamá, não exigirá investimentos extras e utilizará a infraestrutura existente de estradas, ferrovias, portos, aeroportos e zonas francas, criando uma nova jurisdição aduaneira especial para facilitar o transporte de mercadorias. Rodolfo Samuda, diretor de Assuntos Logísticos do Ministério da Presidência, foi o responsável por apresentar os detalhes deste projeto inovador.
O presidente panamenho, Laurentino Cortizo, assinou um decreto estabelecendo a nova jurisdição aduaneira, simplificando os procedimentos para o transporte de cargas por terra através do istmo. Guillermo Salazar, diretor do Instituto de Planejamento para o Desenvolvimento, enfatizou a importância do Canal Seco como uma forma de complementar o Canal do Panamá.
Ao contrário do Canal de Suez, que utiliza água salgada em seu funcionamento, o Canal do Panamá depende de água doce proveniente das chuvas tropicais. O projeto do Canal Seco foi apresentado a diplomatas e representantes de organizações internacionais na chancelaria panamenha, evidenciando o compromisso do governo nacional com a modernização e expansão da infraestrutura logística do país.
Essa iniciativa promete impulsionar o setor de transporte e logística no Panamá, fortalecendo sua posição como uma importante rota de comércio internacional. Com a implementação do Canal Seco Multimodal, espera-se uma maior eficiência e capacidade de carga no transporte de mercadorias entre os oceanos Pacífico e Atlântico, abrindo novas oportunidades para o crescimento econômico e a integração global do país.